quinta-feira, 25 de novembro de 2010

ALCOOLISMO É UMA DOENÇA

Hoje vou falar sobre uma doença, não é uma doença comum, porque pouca gente sabe ou aceita que ela exista,
é mais fácil chamar de safadeza, falta de vergonha, pinguços, bebum, entre outros nomes mais cruéis ainda.
Esta doença é a mais cruel de todas, porque, nem o doente sabe que a tem, e na maioria das vezes morre sem saber.
Vou contar da minha experiência com esta doença, que começou a muito tempo atrás, desde que me entendo por gente pra ser mais exata.
Meu pai é um doente ate hoje, e é daquele mais difíceis de lidar, aquele que acha que não é doente.
Sabe aquelas coisas das adolescestes que vêem o sofrimento das mães e juram nunca passar por aquilo ? Esta sou eu.
Jurei isso tanta vezes pra mim mesma e tempos depois me vi casada com um doente alcoólico, e chamando ele de safado, sem vergonha etc...
Ate que percebi que não adiantava brigar quando ele chegava bêbado, então mudei minha atitude e passei a me calar no momento da bebedeira,
mais no entanto pegava pesado no momento da culpa dele, o que não o ajudava em nada. Então alguém o convidou para uma reunião de AA,
ele riu e ate achou engraçado, mais lá fomos nós ver, ele já estava cansado daquela vida de sofrimento, engana-se quem pensa que o alcoólico se diverte o tempo todo,
 na primeira reunião descobrimos algo que mudaria nossa vida, ALCOOLISMO É UMA DOENÇA. Diante desta nova realidade as coisas começaram a mudar,
 ele já não se sentia tão culpado e eu sabendo que o controle de não beber não dependia apenas dele querer, e sim dele agüentar ficar sem beber.
Nosso primeiro passo foi ver que éramos impotentes perante ao álcool, e que ELE era um inimigo perigoso que podia estar em qualquer lugar.
É claro que foi muito mais fácil pra mim, pra ele é que foi barra, mais o tempo foi passando e ele continuou indo as reuniões, o que só fazia bem pra ele,
e para mim e toda minha família também, isso foi outra coisa que descobri,  estávamos todos doentes juntos com ele.
Eu ia junto com ele de vez em quando, porque queria dar a ele liberdade para se abrir e falar sem se preocupar com meus sentimentos.
Ele foi ficando cada vez mais forte, e se identificando com tantas outras pessoas que sofriam do mesmo mal.
Aprendi que, quando abrimos a mente  podemos ajudar a quem amamos,
independente das outras pessoas acharem que você esta apoiando safadeza, falta de vergonha na cara etc...
Estamos bem graças a DEUS, fazem sete anos que a doença esta controlada, mais estamos alerta,
vivendo um dia de cada vez, porque sabemos que esta doença só pode ser controlada e não curada.
Selia Regina

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